Examinando as Escrituras
| Estudos Bíblicos

O que a Bíblia diz sobre gratidão?

Homem no topo de uma montanha

Este estudo é o resumo de uma mensagem ministrada pelo irmão Víctor Rodriguez, da Argentina, em Porto Alegre 19/04/19.


Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. (1 Tessalonicesnses 5:18)

dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. (Efésios 5:20)

Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome. (Salmos 100:4)

Qual a vontade de Deus para a nossa vida? Que demos sempre graças, em tudo.

Quando damos graças a Deus em tudo, centramos nossa atenção em Deus. O mundo e o inimigo querem a todo custo atrair nossa atenção para as pessoas ou para situações, mas quando damos graças, estamos decidindo olhar para Deus. Qual a consequência disso? Recebemos a paz de Deus. Quando damos graças em tudo, a ansiedade dá lugar à paz.

Quando damos graças em tudo, também damos um testemunho diante do incrédulos. A reclamação é um testemunho de incredulidade e falta de confiança, mas quando damos graças em tudo, eliminamos o veneno de satanás que está presente nas situações da vida e somos luz para o mundo.

Pelo que devemos ser gratos?

Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. (Romanos 1:20)

Temos que dar graças pela criação.

Deus não criou o Greenpeace, mas ele colocou Adão em Eva para guardarem o jardim. Esse trabalho de guardar a criação deve iniciar pela gratidão. As vezes somos desatentos e não somos gratos pela criação, mas tudo que há na criação foi projetado diretamente por Deus. Todos os alimentos, todos os animais devem ser motivo de admiração pela infinita sabedoria de Deus e devem nos levar à gratidão!

Também devemos ser gratos pela forma como fomos criados. Podemos ficar preocupados com nossa aparência, querer mudar a forma como nos parecemos, mas graças a Deus pela forma como ele nos criou! Você foi criado da forma exata como Deus te planejou!

Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens (1 Timóteo 2:1)

Temos que dar graças por todos os homens.

Não conhecemos a todos os homens, mas alguns conhecemos. Temos dado graças por essas pessoas? Quantos de nós tem dado graças pelos maridos, pelas esposas, pelos pais, pelos sogros e sogras. Se não podemos dar graças por alguém, é porque, por algum motivo, temos problemas com aquela pessoa, estamos divididos, mas Deus quer nos levar à uma experiência de liberdade onde possamos dar graças pelas pessoas que conhecemos.

Naquela hora, exultou Jesus no Espírito Santo e exclamou: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado. (Lucas 10:21)

Temos que dar graças por aqueles que não entendem.

Muitas vezes nós fazemos um grande investimento em alguém, emprestamos livros, oramos, ensinamos, mas essa pessoa simplesmente não entende. Isso muitas vezes causa frustração e tristeza. Entretanto, o que devemos fazer? Reclamar? Nesse texto de Lucas aprendemos que Jesus dava graças ao Pai até pelos que não entendiam o ensino.

Está aí um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas isto que é para tanta gente?

[…]

Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os entre eles; e também igualmente os peixes, quanto queriam. (Joãos 6:9 e 11)

Devemos dar graças pelo pouco.

Quantos de nós querem uma casa própria? Mas quantos tem dado graças pela casa que já tem? Quantos desejam um salário maior ou um carro melhor? Mas temos sido gratos pelo que já temos? Podemos ter muitos desejos e expectativas, mas devemos dar graças pelo pouco.

O que aconteceu quando Jesus agradeceu pelo pouco, por aquilo que era insuficiente? Aconteceu um milagre de multiplicação. Deus realmente se agrada com corações gratos pelo pouco.

Tiraram, então, a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou porque me ouviste.

[…]

E, tendo dito isto, clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora! (João 11:41 e 43)

Devemos dar graças antes da resposta.

A fé se expressa na sua forma mais pura quando somos capazes de dar graças pela resposta antes mesmo de vê-la. Quando o povo de Israel atravessou o Mar Vermelho, Miriã tomou um pandeiro e louvou a Deus pelo livramento. Essa foi uma atitude muito linda, mas uma expressão de fé seria ela louvar a Deus mesmo antes do Mar ser aberto. Entretanto, Jesus, aqui diante do túmulo da Lázaro, foi capaz de agradecer antes da resposta.

E, tomando um cálice, havendo dado graças, disse: Recebei e reparti entre vós; pois vos digo que, de agora em diante, não mais beberei do fruto da videira, até que venha o reino de Deus. E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim. (Lucas 22:17)

Devemos dar graças pelos sofrimentos.

Aprendemos com Jesus a sermos gratos pelo sofrimento. Quando estudamos a cena da última ceia, descobrimos que o sofrimento de Jesus foi duplo, representado pelo pão e pelo vinho:

Houve um sofrimento físico. Ele sofreu a tortura, tão intensa que poderia matar alguém antes mesmo da cruz, aplicada por torturadores profissionais. Depois da tortura, ele também sofreu a morte da cruz, pendurado por horas naquele madeiro. Esse é o pão, o corpo que foi partido por nossa causa.

Mas também houve um sofrimento mental e emocional, na sua alma. Ele não tinha pecado, mas morreu como culpado de todos os pecados. Ele disse no Jardim do Getsêmani: minha alma está angustiada até a morte. Ele viveu toda a eternidade em comunhão íntima com o Pai, mas agora deveria haver separação por causa do pecado. Esse era um sofrimento na alma de Jesus, representado pelo vinho: o sangue que foi derramado para perdoar os pecados.

Mas quando olhamos para aquela última ceia, quando o momento da sua morte estava chegando, Jesus é capaz de dar graças pelo sofrimento. Ele tomou aquele cálice, “esse é o meu sangue vertido”, e deu graças. Ele tomou o pão, “esse é o meu corpo partido”, e deu graças.

Deus nos chama para sermos um testemunho ao mundo, como um povo grato em tudo. Gratos pela criação, pelas pessoas, pelos que não entendem e rejeitam o evangelho. Gratos quando temos pouco ou quando temos muito, gratos antes mesmo de recebermos o que pedimos, gratos pelo sofrimento.

Que Deus encontre em nós um terreno apropriado para produzir um coração grato como o de Jesus!


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